Direitos autorais e propriedade intelectual no CHATGPT. Uma análise sobre a produção científica e pesquisa acadêmica.

Por Fabiano de Oliveira. Administrador Público Federal, Dr. em Tecnologia e Sociedade e pesquisador. 

Cite conforme o exemplo abaixo: (altere apenas a data de acesso)  

OLIVEIRA, Fabiano. [Perfil de Fabiano de Oliveira no LinkedIn]. Disponível em: https://www.linkedin.com/in/oliveirafab/. Acesso em: 19 mar. 2023. 

OLIVEIRA, Fabiano. Fabiano Oliveira. Disponível em: https://fabianooliveira.wordpress.com/. Acesso em: 19 mar. 2023. 

É importante lembrar que a inteligência artificial, como o ChatGPT, é uma ferramenta que pode ajudar os pesquisadores a identificar padrões e correlações em grandes conjuntos de dados, mas não é capaz de desenvolver hipóteses e proposições científicas independentemente. Ainda é necessária a criatividade, o conhecimento e a habilidade humana para formular ideias inovadoras e produzir novos conhecimentos.

Nesse sentido, quando um cientista propõe uma correlação a partir de uma análise realizada com o auxílio do ChatGPT, ele está exercendo sua capacidade intelectual e criativa, e por isso deve ser considerado o autor das correlações propostas. O ChatGPT, por sua vez, é apenas uma ferramenta que possibilitou a realização da análise e identificação da correlação, mas não pode ser considerado autor da proposta em si.

Assim, a propriedade intelectual das correlações identificadas através do ChatGPT pertence ao cientista que as formulou, uma vez que foram resultado de seu trabalho e conhecimento prévio. A utilização da ferramenta não invalida a autoria das propostas do cientista, mas sim é uma forma de otimizar a produção científica.

É importante ressaltar que a autoria das propostas é um aspecto importante da produção científica, pois permite que os cientistas recebam o devido reconhecimento e crédito pelo seu trabalho, além de ajudar a garantir a integridade e originalidade da pesquisa.

Portanto, a utilização do ChatGPT como ferramenta de auxílio à pesquisa científica não deve ser vista como uma ameaça à autoria das correlações propostas pelos cientistas, mas sim como uma oportunidade de aprimorar e acelerar a produção de conhecimento científico.

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